Fontes de ideias

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Em outras colunas falamos que as boas ideias de negócio brotam mais facilmente em pessoas que descobriram a sua paixão e conhecem a sua área de interesse. Ideias são bens abundantes e devem se ajustar a cada pessoa. Uma boa ideia para fulano pode ser péssima para beltrano. Ideias sozinhas valem zero. Para terem valor devem cair em mãos capazes de transforma-las em negócio de sucesso. A internet viabiliza negócios antes impraticáveis e dá chance a pessoas sem dinheiro. Mas uma pergunta ainda está no ar. Como alguém pode se preparar para ter ideias, para ver o que os outros não veem? Ideias significam soluções para problemas obtidas através do uso da criatividade, um recurso ocioso em quase todas as mentes de brasileiros. A nossa tendência é aceitar as coisas como elas são, sem tentar muda-las. A capacidade de se gerar ideias vem do exercício persistente de inconformismo e rebeldia. Inovadores possuem a crença de que seus atos vão gerar consequências. Para afiar os músculos que produzem ideias, veja com olhos críticos tudo que o cerca, imagine alternativas. Comece pelos produtos e serviços que utiliza no seu dia a dia. Observe as ruas, a sua experiência no emprego e como consumidor, aproveite ideias que deram certo em outros lugares. Quando esse hábito se tornar obsessão, concentre-se naquilo que o apaixona. Não despreze ideias ruins,  elas são a ponte para as boas. Antes, durante e depois da ideia, consulte a sua rede de relações sobre a sua validade. Evite o consenso; quando muitos tem a mesma ideia o fracasso está à espreita. Saiba, no entanto, que nesse percurso não terá apoio das instituições. A nossa cultura, incluindo o sistema educacional, não se preocupa em estimular o talento, a criatividade e a paixão.

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