A série Silicon Valley

A série de TV Silicon Valley mostra com ironia corrosiva e bom humor o mundo das startups, empresas iniciantes que prometem faturar bilhões. Para o público em geral a série é imperdível, para os empreendedores ela tem um poder didático inigualável. A oferta de recursos financeiros é essencial ao ambiente que fertiliza as startups. Mas como elas conseguem a grana saltar da garagem para bilhões? O dinheiro provém principalmente de investidores cujo objetivo é lucrar com o lucro das startups. No início, quando só existe a ideia, o dinheiro geralmente provém da família e dos amigos. É o Love Money, dinheiro do amor. Depois do nascimento da empresa, a grana chega através dos anjos, pessoas físicas que apostam nas startups. Não é empréstimo; os anjos arriscam o seu dinheiro. Ainda estudantes, os fundadores do Google receberam um cheque de 100 mil dólares de um só anjo. No Brasil milhares de anjos abriram suas asas. Quem se interessar basta digitar na web “anjos do Brasil”. As startups que demonstrarem fôlego para voar, podem tentar buscar dinheiro em fundos de capital de risco. Como os anjos, eles entram com o objetivo de sair mais tarde. Compram parte da empresa e esperam o seu crescimento para vender as suas cotas por valores mirabolantes. Por fim, quando a empresa atinge um porte maior, ela pode bater às portas de fundos private equity, tanto para realizar fusões como para fazer o IPO, ou seja, entrar na bolsa de valores e alçar voos estratosféricos. O seriado Silicon Valley coloca o empreendedor no palco, algo que vai demorar a acontecer no Brasil.

Um abraço do Fernando Dolabela.

Faça uma pergunta