Redes são armas de ativismo?

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As redes sociais online são armas capazes de enfrentar ações violentas de ditaduras como a da Venezuela? O escritor Malcom Gladwell acha que não.  Ele argumenta que as redes on line, apesar de terem o poder de ajudar empreendedores, de informar, mobilizar e dar voz aos desprovidos de poder, não conduzem ao ativismo de alto risco que caracterizam confrontos armados.

Malcom argumenta que sistemas fortes só podem ser combatidos por organizações hierarquizadas, preparadas para planejar e atingir metas. Redes online são o oposto de hierarquias. Nelas ninguém está no comando, todos têm autonomia. Por essa razão não são apropriadas a situações que envolvem perigo. Nas redes online as pessoas são ligadas por vínculos fracos, que caracterizam as relações entre pessoas que são conhecidas de conhecidos. Tais vínculos fracos são capazes de motivar as pessoas a participar mas não são suficientes para faze-las correr riscos. São os vínculos fortes, formados por familiares e amigos, que ajudam as pessoas a perseverar diante do perigo.

Segundo o receituário de Malcom, quem acha que o mundo só precisa de um polimento deve usar as redes. Mas os que pensam que o ultimo remédio é uma ação heróica devem se apoiar nos vínculos fortes.

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