Autoajuda

[Este texto está disponível em áudio no final da pagina]

A autoajuda é um desastre. Jogue fora os seus livros e vídeos. Quem diz isso é o filósofo dinamarquês Svend Brinkmann. Afeiçoados ofendidos devem se dirigir ele. Eu somente acho que a autoajuda se assemelha a uma pastilha contra dor de garganta. A bula diz que funciona e às vezes até tem um sabor bom, mas a dor volta logo. Claro, há exceções. A autoajuda prosperou sem concorrentes até que nos últimos anos a academia decidiu abordar o tema felicidade e suas influências na saúde. Todas as pesquisas sérias convergem para um resultado comum: a boa e intensa convivência com familiares e amigos é a maior fonte de felicidade e saúde. Para Brinkmann a autoajuda erra ao desconhecer a influência das conexões afetivas e ao tentar convencer as pessoas que podem atingir os seus objetivos sozinhas, seguindo, algo como “os 7 passos para a felicidade”, ou “você pode conseguir o que quiser com pensamento positivo”. Brinkmann argumenta que a autoajuda surgiu justamente para combater a solidão. Ao propor soluções do tipo “a felicidade só depende de você”, acaba aprofundando o problema. A autoajuda além da abordagem equivocada, é censurada por tentar seduzir oferecendo receitas quiméricas para se obter sucesso, dinheiro e felicidade.

Faça uma pergunta