Caro ouvinte, você saberia dizer qual foi o seu erro mais útil? Sim, erros são os melhores mestres. Eu já recomendei nesta coluna que se faça o “currículo do fracasso” mais rico do que o currículo fanfarrão, aquele que só conta vantagens. Somos injustos com os erros ao transforma-los em fardo perpétuo porque são eles que nos mostram o caminho do sucesso. Remoemos não só os desacertos graves como os perfunctórios. Mas por que tememos os erros, a mais sábia lição? A propensão ao erro está no nosso DNA. Nós o repelimos porque possuímos a equivocada presunção de que a perfeição é possível. Sem dúvida a autopunição é justa e o arrependimento é natural em pessoas dignas. Mas porque a pena eterna, já que o sentimento de culpa não envelhece? Somos injustos com os erros porque nos esquecemos que muitos deles nos ajudaram a evoluir. Evitaríamos o abandono de belos projetos se desde crianças compreendêssemos que o fracasso é natural e inevitável. Empreendedores agem de forma diferente. Eles pressentem que na corrida dos resultados o revés disputa cabeça a cabeça com o sucesso. Exemplos da utilidade dos erros nas empresas são inesgotáveis. O iPhone e o IPad da Apple devem seu sucesso ao magistral fracasso que foi o MessagePad. Para os empreendedores a única forma de fracasso é a desistência. Eles sabem que o insucesso se limita às empresas, produtos e projetos.