Ensino convencional X Educação empreendedora

As diferenças entre o ensino convencional e a educação empreendedora são imensas. Em uma aula de física, por exemplo, a ciência é a protagonista, existe além e apesar dos estudantes. A física é a mesma em Ponte Nova ou Moscou.

Pois bem, a tarefa do empreendedor é criar o futuro, sobre o qual não há ciência. Assim, na educação empreendedora como não há um conhecimento consolidado a ser transferido, cada aluno é o protagonista e tem a responsabilidade de gerar o próprio saber empreendedor, de caráter personalíssimo. Para isso ele responde a duas perguntas. A primeira é “Qual é o meu sonho, que futuro desejo para mim e para a minha comunidade?” A segunda e última é “o que farei para transformar esse sonho em realidade?” O professor não interfere na construção dessas respostas, porque nada sabe sobre o futuro, cuja criação é tarefa do aluno-empreendedor. Empreendedores ultra-experientes são bem vindos à sala de aula, mas não podem apresentar soluções além daquelas que encontrou para o seu próprio negócio. Mesmo porque os elementos definidores são a paixão, a criatividade, a ousadia, a capacidade de enfrentar riscos de cada aluno, que nem sempre estão à vista. Assim, no empreendedorismo a relação convencional mestre-aprendiz se rompe. Não há o que ensinar. Não existe um fluxo de quem sabe para quem não sabe. Mas há o que aprender. E o aluno aprende sozinho, sonhando, fazendo, errando, recomeçando.

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